Depois de muitos protestos de possíveis freqüentadores, a vitória do Remo em mais um Rexpa pra me dar inspiração e a eminência da volta às aulas na Uepa, cá estou eu para a atualização do blog.
Pois é, meus caros, foram muitos os contratempos, e realmente tive que me afastar da função de blogueiro por mais de um mês. Mas como os patrocinadores exigiram minha volta (he he), vamos lá ao que interessa:
Nanotecnologia. Vocês já devem ter ouvido falar. Mas sabem o que realmente siginifica? Tecnologia em escala nanométrica. Sim, aquela que mede tamanhos menores que o diâmetro de um fio de cabelo. Pois bem, estava eu querendo passar na disciplina 'Física Geral' lá na Uepa, quando o professor passa um trabalho livre sobre Física Contemporânea, o que nos permitia fazer uma pesquisa sobre qualquer assunto relacionado à essa especificidade.
Muito menor que isso tudo da imagem, são os objetos de escala nanométrica. |
O sonho do meu pai sempre foi o de eu ser um cientista, desses que estudam coisas que são realmente interessantes a nível tecnológico. É aí que entra a NanoTecnologia na minha vida: ele vivia dizendo que eu havia muita coisa a se explorar nesse novo campo da ciência. Como eu nunca quis ser cientista, resolvi que seria uma ótima oportunidade de homenagear o meu pai com esse trabalho, e aí então fiz o trabalho sobre o tal assunto.
Me empenhei muito nele. O trabalho era em grupo, formado por 4 pessoas, mas eu queria fazer e o fiz sozinho. Foi muito bom galera, aprendi muita coisa interessante, até porque foi um dos poucos na minha vida na qual o objetivo teórico do professor foi alcançado: o aluno fazer uma pesquisa bem elaborada sobre o assunto, ele aprender e com as suas próprias palavras falar o que ele aprendeu (tudo certo, é claro) com a tal pesquisa.
A expectativa é que tudo seja Nano? Nem tudo. |
Bem resumidamente (até porque o trabalho me fez produzir 10 laudas, o que seria impossível de compartilhar com vocês na íntegra aqui no blog), digo que aprendi que a Nanotecnologia tá sendo arquitetada pra estar presente em vários campos do conhecimento humano, que passam da preservação ambiental, pela Medicina Moderna, produção de alimentos, roupas, cosméticos, segurança, entre outros. Se tudo o que foi prometido for cumprido, essa tecnologia (que não é do futuro, já é bem real) irá mudar vários aspectos da sociedade, podendo nos livrar de várias doenças que hoje são consideradas incuráveis, como a AIDS e o Câncer por exemplo; além de acabar com mortes por enfartes e assim até gerar um aumento bastante considerável na expectativa de vida do ser humano.
Isso aí na foto é um robô junto à várias hemácias do nosso sangue. |
Na verdade, em tese, teríamos um poder de transformação enorme. Porque assim, o conceito de nanotecnologia nos dias de hoje é um tanto equivocado: as empresas que pesquisam e e produzem conhecimento nessa área usam o termo de forma comercial, para divulgar produtos na tal escala nanométrica, mas o conceito inicial na verdade queria dizer que poderíamos construir qualquer objeto existente (ou ainda um não-existente) átomo por átomo, podendo assim aperfeiçoar qualquer tipo de máquina, inclusive a humana.
Num futuro próximo, haverá nano-robôs em tudo. |
Ou seja, Lavosier viraria um semi-Deus, já que há séculos ele dizia que "na Natureza nada se ganha, nada se perde, tudo se transforma", e seria isso aí mesmo, na prática. Tudo muito bonito, não? Nem tanto assim...
E o salário ó! |
Existem muitos grupos de cientistas que não defendem e até reprovam as pesquisas sobre o assunto. Mas por que meu Deus, se vai trazer tantos benefícios para a humanidade? São várias as respostas, meus ávidos leitores, mas sem dúvida a principal delas é que toda essa tecnologia poderá ser usada para fins bélicos e militares.
Com uma tecnologia dessas, grupos terroristas poderiam matar muito mais gente que os EUA em Hiroshima e Nagazaki (nem sei se é assim que se escreve) e sem destruir um único prédio sequer. Além também do fato de que para os cientistas é muito mais fácil criar um único mini-robô desses e fazer com que ele se auto-replique, de uma forma controlada, gerando um segundo mini-robô que também vai se auto-replicar e assim por diante. Mas vai que eles percam o controle e esses robôs acabam com o nosso planeta?
E na melhor das hipóteses pessimistas, esse tipo de tecnologia poderia fazer mal para os seres humanos ao serem consumidos em alimentos modificados, ou então que as benfeitorias causadas pela tecnologia não alcancem a população mundial de forma geral, e sim apenas aqueles que tem dinheiro.
E aí galera, o que vocês acham? É válido continuar com pesquisas de um conhecimento que pode acabar com a vida na Terra, ou então encerrar essas mesmas pesquisas que podem melhorar e muito a vida de todos nós? Espero a opinião de vocês, obrigado.
Pra quem sabe inglês e saca de ciência. |
OBS1: No final das contas o professor nem deve ter lido o meu trabalho, porque ele deu 8,0 pontos pra todo mundo que fez qualquer pesquisa. ¬¬
OBS2: Esse vídeo aqui faz uma sátira bem legal sobre a nanotecnologia, muito foda mesmo, vale a pena assistir: http://www.youtube.com/watch?v=c4r_7VYJTwM
OBS3: Pra quem tava com saudade dos posts, esse tá bem grandinho hein? ^^