sábado, 7 de maio de 2011

Ser contra o preconceito e o Bullying, sim. Ser a favor da Superproteção, não!


Esqueçamos agora o Alexandre que escreve contos e/ou poemas e vamos nos atentar no que ele faz de melhor (não que seja lá muita coisa, mas que seja): fazer postagens críticas.

Eu bem já notei que os posts mais críticos aqui do blog são os menos comentados e clicados. Porém, pra mim, portanto que vocês leiam já tá de bom tamanho. O que venho vos chamar atenção no dia de hoje é sobre a forma que o preconceito é combatido em determinadas situações, no cotidiano. Há anos as mulheres vem clamando por direitos iguais perante à sociedade como um todo (e vem conseguindo com um certo sucesso) e essa semana as pessoas ditas homossexuais deram um grande passo para conseguir os seus próprios direitos.

Pois muito bem. Eu sou inteiramente à favor da garantia de direitos IGUAIS a homens e mulheres heterossexuais, assim como a homens e mulheres homossexuais. Todos pagam os mesmos impostos, todos têm os mesmos direitos e deveres perante à nação brasileira, a qual diz em sua constituição que todos somos iguais perante as leis. Enfim, acho totalmente válida a luta por direitos nesses casos. Até Jesus disse: 'amai-vos uns aos outros!'

No entanto, meus caros leitores, a forma que certos direitos veem sendo adquiridos vem junto à uma superproteção dessas categorias. Explico: as mulheres conseguiram direitos fundamentais nas últimas décadas, como direito a voto, a ser votada, Lei Maria da Penha, entre tantas outras, sem dúvidas, mas o que muitas mulheres acreditam nos dias atuais é que elas são seres bastante superiores aos homens. Uma prova viva são esses comerciais RIDÍCULOS da Bombril:


Parece uma sapatão, isso sim!


Porra! O que eu fico puto é que se fosse um cormecial de homens falando mal de mulheres, ia chover processos contra a empresa. Como é falando mal de homem, todo mundo acha engraçado, bonitinho. Isso também é preconceito, meus caros!

Falando agora dos homossexuais, a tendência é que não seja muito diferente. Eles veem conseguindo obter seus direitos, muito bem, mas tá cada vez mais difícil falar sobre homossexuais sem ser tachado de preconceituoso. Explico mais uma vez: venho notando que qualquer pessoa que diga ser contra os homossexuais de alguma forma que seja, independente dos argumentos, é dito preconceituoso.

É como se hoje em dia, a bandeira do grupo GLBT é se tornar conceito "certo" de vida. Mais uma vez não temos aqui a igualdade de direitos, e sim uma superproteção de uma categoria que não pode mais ser criticada ou analisada. Parece que temos que aceitar tudo o que diz respeito a eles, porque se não todos nós somos preconceituosos e tudo mais. Onde é que tá a democracia aqui? Cada um tem o direito de pensar o que quiser. Se o cara quer ser gay, que seja. Mas se o cara quer ser hetero, ele tem que ser respeitado também!

Você leitor, concorda?

O deputado Jair Bolsonaro ganhou destaque na mídia por suas várias declarações polêmicas, sobre Ditadura Militar, Direito dos índios, usuários de Maconha e, principalmente, os homossexuais. Vou ser bem claro: o Bolsonaro é um idiota. O cara tem conceitos completamente arcaicos e não aceitáveis para o Brasil do século XXI. Essa é a minha opinião. Porém, eu concordo com ele em ser contra ao envio do intitulado 'Kit Gay' para as escolas públicas brasileiras. O governo tem sim que dar direitos iguais a TODOS os brasileiros, mas daí a influenciar crianças de sete a dez anos de idade? Não, meus caros, não mesmo.

Por favor, assistam esses vídeos a seguir. Sei que são meio longos, mas é de fundamental importância pra esse debate:

Vídeo 1

Vídeo 2

Vídeo 3

É claro que não se deve levar na ponta da letra tudo o que foi falado nesse três vídeos. Porém a mensagem que deve ser considerada é que os homossexuais devem ter direitos iguais aos dos heteros, contanto que possam ser criticados da mesma forma que eles, como qualquer pessoa comum. E quanto ao Kit Gay, eu como futuro educador sinceramente acho lamentável a forma como o governo vai tentar abordar o tema. Esclarecer sim, incentivar não.

Falei das mulheres, falei dos homossexuais, mas várias dessas questões valem também pra quem sofre outros tipos de bullying. Na verdade, eu nunca fui muito com a cara desse novo conceito. Calma, vou explicar: Devemos ser totalmente a favor ao combate ao Bullying, daqueles clássicos, como Zangief Kid na qual alguém apanha sem motivo algum, ou sofre tortura psicológica pra fazer determinadas coisas.

O que eu sou contra é toda a campanha que insinua que toda e qualquer brincadeira, ou toda piada, que envolva alguém potencialmente "excluído da sociedade" é Bullying! Pow! Daqui a pouco não vou poder dizer que o uniforme do Paysandu parece a roupa dos bananas de pijama! Essa onda de superproteção só faz as pessoas ficarem mais mimadas e acharem que não podem responder sozinhas. Marcelo Adnet faz graça com todo mundo, quando foi fazer com os autistas, só faltaram matá-lo. Calma lá gente, vamos combater o que realmente deve ser combatido.

O Problema é que o povo defende o que diz respeito à eles. Uma pessoa que tem alguém autista na família não vai gostar. Quem não tem vai rir. E se essa pessoa que riu for homossexual, vai ficar ofendida com piadas sobre gay, assim como um descendente de português, japonês ou uma loira ficariam, caso as piadas fossem sobre elas. Assim também como os paraenses se sentem, quando vão ao Amazonas e são acusados de serem ladrões. Pimenta no cu dos outros é refresco, já dizia o poeta.

A ideia não foi dele, mas ele levou toda a culpa.

É isso gente. Acho que vou receber milhões de críticas de vocês do quanto vocês não gostaram desse post. Isso claro se alguém conseguir ler tudo. Na próxima eu faço um post sobre algo menos polêmico, como a divisão do Pará. Heuahuehauheuahuea... Abraços!

Ô, ô, ô! Todo viado que eu conheço é Bicolor! Ê, ô! Ê, ô!

5 comentários:

  1. A questão fundamental é o respeito ao outro e à outra em todas as esferas da sociedade. Em casa, na escola, no trabalho, na rua, na festa, na academia, ... à criança, ao idoso, ao deficiente, ao gay, à todos enfim. É a partir dessa premissa que procuro me comportar.
    Os direitos humanos das mulheres, idosos, deficientes, dos gays, conquistados gradativamente nas instâncias legais são acompanhados muito lentamente pela sociedade. É vergonhoso como tais segmentos são violados em seus direitos diariamente pelo comportamento de outros. As leis de proteção aos direitos humanos são criadas e em inúmeros casos são infringidas. Portanto, o desafio não é apenas conquistar direitos e legalizá-los, mas garantir seu cumprimento e tê-los reconhecidos pela sociedade.
    Propagandas idiotas como as atuais da Bombril e posições retrógradas como as de Bolsonaro estão carregadas de desrespeito ao outro e devem ser assistidas e combatidas de forma crítica. A proposta do kit gay é antes de tudo precipitada, um pretenso rolo compressor que à sociedade só se dará a chance de discuti-la quando seu impacto chegar às escolas indignando pais e professores.
    Realmente não sei quais as intenções do governo com isso, mas depois das reportagens de ontem sobre o desperdício da merenda escolar e o desvio das bolsas do Pro-Uni, fico perguntando por que que o Ministério da Educação não está se empenhando em implementar leis já em vigor que deveriam estar resguardando o direito à inclusão social e prevenindo também outras formas de preconceito.

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  2. Pra ser sincera, não consegui ler teu post todo. Parei em "Se o cara quer ser gay, que seja. Mas se o cara quer ser hetero, ele tem que ser respeitado também!" REVEJA ISSO, pareceu como: "Hoje quero ser gay, amanhã, talvez seja hetero". Que é isso? Que eu saiba as pessoas não escolhem se vão gostar de pessoas do sexo oposto ou do mesmo. E mais, repara como essa série dos comerciais da Bombril discrimina as mulheres também, preste atenção no tom de voz super grave e as roupas, eles aparentemente passam a mensagem de que a mulher tem que se comportar como homem para ganhar algum respeito, porque por elas como são, seria um fiasco! "homenagem às mulheres" o caramba. Posso estar errada, não sou dona de verdades.

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  3. ei Pô... a divisão do Pará é polêmica, com essa fragmentação muitos paraenses vão ser beneficiados ou prejudicados... o Pleibiscito traz uma escolha importante para os cidadãos, se o governo não mostrar os prós e contra, a população vai votar no que achar mais bonitinho... sem analisar direito os fatos ...
    Falando do seu post: você escreve muito bem, você tem uma opinião bem propria. Criticar é o seu ponto forte...

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  4. Bem, eu não sei quem é o nosso amigo anônimo aí de cima, mas eu agradeço ao elogio.

    Quanto à divisão do Pará, foi uma brincadeira. Quis dar um tom irônico quanto a um suposto 'post mais leve', mas tenho a total compreensão de que é sim um post muuuuuito polêmico. Até porque ser a favor e ser contra a essa questão vai muito além da questão política.

    Tipo, muitos políticos de mesmo partido tem opiniões contrárias, assim como político de partidos diferentes tem opiniões semelhantes, porque influencia muito de qual parte do estado é o tal político.

    Na maioria (eu disse maioria) quem é contra mora em Belém e arredores. Quem é a favor, geralmente mora nos lugares que virarão outro estado. Enfim, é algo muito complexo que realmente merece um post.

    Só peço pro amigo anônimo se identificar na próxima, por favor! 0/

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  5. Concordo inteiramente com o primeiro comentário (da colega Regina).
    Antes de qualquer discussão sobre diferenças, há de se falar sobre "respeito".
    É engraçado como as pessoas gostam de relativizar demais as coisas. Certas brincadeiras são feitas contra homossexuais, mulheres, negros, obesos, deficientes etc. e são relativizadas pela clichê frase: "eu estava SÓ brincando.".
    Sendo que, quem profere tais palavras nunca faz com a intenção de humilhar/machucar o outro.
    Mas quem tem o controle do outro?
    NINGUÉM.
    A questão é que o olhar parte sempre ( e somente) só de um lado.
    Ser contra homossexuais? Ninguém tem direito de ser contra a opção sexual de alguém!
    Independente do argumento que seja.
    Afinal, carater e conduta ( duas coisas que mais importam em um convívio social, né?) não é medido pela opção SEXUAL de ninguém.
    Esse assunto é polêmico, fato, e há com certeza muita coisa ainda que se falar.
    Quanto ao kit gay, também achei uma precipitação.
    Não a iniciativa, mas a maneira como foi exposto.
    Como ensinar crianças a respeitar as diferenças se em casa elas aprendem diversas piadas e que ser O PADRÃO é o correto?
    Complicado.
    Eu como educadora estou disposta a tentar ensinar seres humanos a serem HUMANOS, acima de qualquer coisa.

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